Sou uma manta de retalhos
Feita de momentos, de pedaços
Pedaços de cores plúmbeas
Pedaços opalinos, sem vida
Momentos de cores alegres
Nuances vivas, matizadas
Foste tu que coseste
E hoje aqui no chão abandonada
Coseste-me com beijos, abraços e carícias
Matizes que compõem o arabesco do amor
Pedaços alinhavados com lágrimas, tristeza e dor
Deixaste-me abandonada jogada num canto qualquer
Hoje sou fiapo de trapos de retalhos desbotados pelo desamor
Ah! Quem me dera poder voltar no tempo!
Deixaria de ser um velho trapo e poderia viver mais uma vez
Os nossos momentos de amor costurados com retalhos de paixão
(Gracita)